terça-feira, 13 de junho de 2017

ALGUMAS CONCEPÇÕES DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM



A temática em discussão constitui-se de argumentos referentes a psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem no qual dialogamos juntamente com os estudantes da Licenciatura em Educação do Campo, turma 2016/ Cametá sobre importantes concepções que, a psicologia a partir do método experimental apresentam contribuições relevantes para o contexto educacional. Dentre estas destacamos a psicologia comportamentalista, o construtivismo e abordagem histórico cultural.
A psicologia comportamentalista estuda o comportamento humano no sentido de medir, moldar, controlar. Procura explicar o comportamento a partir do estimulo/resposta. A intenção é descobrir quais estímulos podem provocar um dado comportamento. Dessa forma a finalidade desta corrente é prever para controlar o comportamento humano e animal.
O construtivismo defende a ideia de que o conhecimento é fruto do processo de construção. O conhecimento se dá na relação que o homem estabelece com o meio em que vive. Neste espaço ele se adapta e interage com o meio no sentido de manter o equilíbrio. Ele incorpora, assimila fatos, objetos do meio e faz acomodação que é processo que transforma as estruturas de pensamento para novamente assimilar outros fatos e objetos.
 Vygotsky expõe elementos relevantes da abordagem histórico cultural. Por meio desta exposição, nos possibilita compreender que os seres humanos a partir do nascimento encontra-se numa relação onde os conhecimentos e saberes são mediatizados pelo contato com outras pessoas.  “As ferramentas utilizadas no processo de mediação são os instrumentos e os signos” (GOULART, 2017, p. 56).
Os instrumentos são criações humanas destinadas a melhorar a condição de vida, de trabalho como a vassoura, roupas, a enxada, caneta, etc. enquanto os signos são artefatos simbólicos utilizados pela linguagem para comunicação como os gestos a escrita, os códigos de trânsitos dentre outros. Esses elementos nos permitem compreender o mundo, as relações, os objetos e os sentimentos e faz a criança gradativamente apropria-se das significações socialmente construídas por meio da cultura. As funções mentais herdadas pela dimensão biológica nos dá condições de realizar controle daquilo que vem do meio e para o controle do indivíduo para se processar de forma consciente.
Para Vygotsky a aprendizagem e o desenvolvimento se inter-relacionam.  O primeiro impulsiona o segundo.  Para ele existem dois níveis de desenvolvimento. O nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento proximal. No primeiro a pessoa é capaz de resolver sozinha e no segundo com a ajuda de pessoas experientes.
Com base nessa fundamentação escreva um texto expondo dificuldades ou facilidades que você encontrou na trajetória escolar, que poderia ser melhor compreendidas, a luz dos conhecimentos advindos da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem.

28 comentários:

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  2. O texto retrata sobre o pensamento de autores que trazem contribuições relevantes para o contexto educacional a partir de estudos que envolvem o campo da psicologia e de algum maneira serve de orientação para outras profissões.

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  3. A educação representa a capacidade de um povo de organizar-se e construir seu futuro.
    Eu Leticia dos Santos Pinheiro, pertenço a comunidade ribeirinha Cají munícipio de igarapé- mirí. Estudei minhas séries iniciais do fundamental menor no antigo barracão do centro comunitário, essa trajetória durou uma faixa de cinco anos, nesse tempo a dificuldade foi muito grande, pois o barracão não pertencia à mesma comunidade de onde pertenço assim como não existia transporte escolar, o que dificultava muito meu deslocamento até a escola era preciso que meus pais me levassem, pois não sabia nadar, o transporte utilizado era casco a remo.
    O barracão não possuía uma boa estrutura, o professor não era qualificado às vezes tinha merenda outras vezes não, a escola não possuía carteiras suficientes para todos os alunos era preciso sentar junto com os colegas ou até mesmo no chão. Já nas séries iniciais do fundamental maior a escola bom Jesus I que existe até hoje se encontrava em construção, como os responsáveis pelo barracão decidiram não ceder mais para a prefeitura, foi preciso os pais se reunirem e recorrem ao prefeito da cidade para que na escola fosse construído uma sala pelo menos para que os alunos pudessem estudar.
    Nessa transferência pra escola foi outro período, mas difícil ainda, pois a escola ficava, mas longe ainda da minha casa, mas uma dificuldade encontrada por mim e pelos meus pais para chegar até a escola. Já no ensino médio houve uma pequena mudança eu já podia ir por conta própria pra escola, já tinha transporte pra levar os alunos até a mesma, porém nesse período fiquei algumas vezes sem ir a escola pelo motivo que o transporte passava cedo e às vezes ainda não tinha almoçado.
    Como a minha dificuldade para chegar à escola era grande e também passava dias sem ir, a minha aprendizagem em relação à leitura ficou comprometida, a interação com os outros alunos se tornou um pouco difícil, e quando ia sentia falta da atenção do professor, pois o mesmo não se dedicava muito a ensinar os alunos, e também não dava muito atenção para os mesmo. Como enfatiza Vygotsky, é a partir da interação em suas relações sociais, medida pelo conhecimento que a criança aprende. E segundo ele:
    “(...) é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.” (VYGOTSKY,1994, p. 112)

    Portanto, a intervenção do professor mediador tem muito significado para a aprendizagem da criança. Depois do que aprendi sobre psicologia e aprendizagem, passei a perceber que no cotidiano das escolas, cada vez mais se retrata as dificuldades de aprendizagem e com isso deve-se discutir a importância da psicologia educacional dentro das escolas e aplicar esse contexto de forma que venha contribuir na qualidade do ensino.
    Para Vygotsky, aprende-se pela participação do sujeito no mundo de cultura. E são as aprendizagem ocorridas nesse meio que impulsiona o desenvolvimento. Aprendizagem e desenvolvimento, portanto, se intercambiam dialeticamente. Isto significa que as relações sociais cotidianas, o acesso a praticas culturais, o acesso ao conhecimento sistematizado são fundamentais.

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  4. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
    CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS-CAMETÁ
    FACULDADE DE EDUCAÇÃO DO CAMPO





    TURMA: EDUCAÇÃO DO CAMPO/CAMETÁ 2016
    DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM
    PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO DIAS PINHEIRO
    ALUNO: WILSON DOS SANTOS SANCHES



    Na trajetória escolar encontramos muitas dificuldades que estão interligadas a vários fatos, mas essas dificuldades estão relacionadas as formas de ensino estabelecidos pelos professores.
    Quando um professor prende seus alunos numa sala de aula e trás para ele um conteúdo pronto e acha que ele pode ensinar tudo para seus alunos sozinho, o aluno acaba tendo dificuldades em aprender, porque muitas das vezes o aluno não tem noção do que está sendo colocado pelo professor. Imagine um aluno do campo, o professor trás um conteúdo pronto que fala sobre a agricultura na França. Por que o aluno iria se interessar por um modelo de agricultura que não faz parte da sua cultura.
    As atividades ou conteúdos tem que chamar a atenção dos alunos, tem que ser colocado de uma forma que possa envolver sem fugir da sua realidade sociocultural, ou seja, conhecer o cotidiano do aluno e acrescentar o conhecimento escolar, dessa forma seus conhecimentos populares, sua cultura e sua identidade são mantidos e o desenvolvimento escolar será melhor, porque as questões colocadas fazem parte de sua trajetória que ajuda a compreender melhor o mundo em que vivemos.
    Isso significa que quando interagimos com o meio em que vivemos conseguimos entender e compreender os problemas que são colocados com mais facilidades. Por isso que a cultura ou identidade de um povo são mantidas de geração para geração, a criança desde o seu nascimento, começa a conviver e interagir com os adultos, sendo assim vai adquirindo os costumes, os saberes de seu povo, “Aprendemos a ser homens fazendo parte de uma cultura humana. Vygotsky”. Pagina 56
    É preciso que o professor conheça a realidade, os costumes, a cultura do aluno para criar um sistema de aprendizagem que possa chamar a atenção do aluno e assim possa discutir sobre as diversidades sociais, culturais, econômicas, religiosas entre outras, com certeza podemos enxergar o mundo mais amplo quando discutimos ou colocamos em questão um simples jeito de falar de uma determinada comunidade. O conhecimento construído no cotidiano é compartilhado nos diversos espaços, seja em casa ou na sala de aula, e da maneira que vamos interagindo com o meio em que vivemos esses conhecimentos estarão disponíveis para toda a nossa sociedade.
    Vou citar um exemplo que está presente no nosso dia a dia, quando os nossos professores perguntam em uma sala de aula qualquer coisa relacionada ao texto, poucos alunos se arriscam a responder pelo fato do conteúdo ser um pouco distante da nossa realidade, mas quando a pergunta está relacionada a realidade dos alunos a turma inteira responde, cada aluno trás uma resposta diferente relacionada com os conhecimentos e saberes de sua comunidade, que acaba envolvendo toda a turma e trás novos conhecimentos para os seus colegas e até mesmo para o professor. Quando isso acontece a aula que estava presa ao conteúdo sai da sala de aula e novos conhecimentos são apresentados de forma espontânea sem precisar o professor estar fazendo perguntas direcionadas aos alunos, com isso a aula torna-se mais interessante, quando termina a aula é muito comum os alunos saírem comentando tudo o que foi exposto em sala de aula.

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  5. A psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem vem fazer menção ao campo da Psicologia que vai estuda o desenvolvimento humano em sua Complexidade físico-motor, afetivo-emocional, intelectual e social da infância até se chegar à fase da vida adulta.
    Essa reflexão nos trás a tona as discussões sobre, será que já nascemos prontos ou vamos acumulando experiências, de acordo com o momento da vida e o nosso grau de entendimento? Nosso desenvolvimento ocorre por meio do acúmulo contínuo de novos conhecimentos, de vivências práticas, ou é um caminho natural e inerente a tudo isso?
    Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio. Dessa forma, observa-se a Psicologia do Desenvolvimento como uma forma de entender com clareza os nossos comportamos e como vamos lhe dar com esse processo de crescimento e amadurecimento físico, emocional e intelectual.
    Partindo desse principio, me vem a memória momentos da minha trajetória escolar, onde muitos métodos repassados pelos meus professores acabavam de deixar muitas vezes com mais duvidas, onde não havia interação entre o professor e o aluno, mecanismo tradicionais que fazia com que o professor fosse um mero passador de conteúdos e que muitas vezes não eram absorvidos por nós alunos. Não havia brincadeiras educativas relacionadas ao conteúdo que fizessem com que nós como alunos pudéssemos aprender de forma dinâmica.
    Esses professores não instigavam o nosso conhecimento, queriam que agente fosse meros fazedor de copias, que nós prendiam ao conhecimento de quatro paredes, sem explorar o mundo que nos cerca e que nos faz se desenvolver como seres humanos. O ser humano só vai desenvolver o seu potencial vivendo em constante convivência com outras pessoas, com a cultura e o social do lugar onde ele tá inserido.
    Mas como o próprio Vygotsky diz que agente aprende com a interação com o meio, tinha professores como um de ciências que era dinâmico com seus conteúdos, fazia exposição dos objetos da tabela periódica, experiências que nos faziam entender o objetivo da sua aula e muito mais. E esse tipo de metodologia acabava chamando muito a nossa atenção, pois havia a interação entre o professor e o aluno e dessa forma o aprendizado acontecia de forma espontânea, prazerosa, sem a pressão do professor.

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  7. Eu me chamo Maria do Socorro Neves, nasci na comunidade ribeirinha do rio Santana, município de Mocajuba. Filha de Benedito da Gama Maia 84 anos de idade, comerciante na comunidade e Guelhermina Neves Maia, dona de casa Já falecida. Enquanto estudante resgatei alguns das dificuldades para chegar ao final de um Curso Superior e assim proporcionar uma melhor compreensão da nova visão que se adquire na busca de aprendizagem até chegar ao desenvolvimento e a formação de uma profissional apta para ser atuante na mudança para um futuro melhor. Estabeleço relações entre as fases mais marcantes da minha trajetória escolar.
    Primeiros anos escolares são com muitas saudades e emoções que resgato esse momento de minha vida escolar, foram inesquecíveis por que marcaram a minha vida, devido às dificuldades ao acesso a escola. Dos sete anos aos nove anos o meu primeiro contato com as atividades escolares foram com minha avó materna, Neomesia Campelo Neves, ela era professora das séries iniciais e a escola era na casa onde morávamos.
    Mas foi aos dez anos que eu, meu irmão Luiz (2º) minha irmã Juliana (3ª) de oito irmãos fomos para a escola da professora Altair Nunes, ficava a cerca de 1 km de casa. Recordo-me como se fosse ontem, porque foram tantas situações que passamos, as quais marcaram profundamente a minha trajetória escolar. Uma delas era que tínhamos que ir à escola a remo, para estimularmos o meu avó paterno mandou construir uma casco pequeno que coubesse apenas nos três, mandou pintar colorido e em cada banco tinha um desenho de um livro e lápis, e colocou o nome de estudante.
    No iniciou tudo era maravilhoso porque tudo era novo para nós; a escola, os colegas, a professora, as remadas o próprio casco etc. Mas depois de alguns meses a viagem de ir e vim da escola se tornou cansativa, desgastante a qual desestimulou, principalmente o meu irmão. Onde certo dia ele resolveu deixar o casco solto e a mare levou. No dia seguinte o meu a vô ficou furioso porque o casco tinha fugido. Então o vovô resolveu nos castigar dando o maior e mais pesado casco que tinha e para completar era remado a faia, onde um individuo rema com dois remos ao mesmo tempo, mal sabíamos remar com um remo.
    Diante deste castigo tínhamos que ir mais cedo para escola e chegar à casa mais tarde, principalmente quando voltávamos contra mare, minha mãe percebendo a demora resolveu nos dar merenda, a qual era camarão com farinha e a nossa merendeira era uma lata de leite ninho, nosso caderno era papel com pauta costurado com agulha, às vezes na maquina ou à mão.
    Aos treze anos, segundo Piaget como se passa de um menor conhecimento para um maior conhecimento? Fui para a Cidade de Mocajuba, morei com a irmã de meu pai onde estudei até a 6ª série do primário, depois fui morar com minha madrinha a neta mais velha de meu avô. Lá eu era baba do filho mais novo dela, pela manhã eu cuidava do bebê e a tarde ia para a escola, mas não foi fácil para mim, pois sentia muita saudade de meus irmãos e principalmente de minha mãe, às vezes na calçada da escola eu chorava muito e me dava vontade de voltar para minha casa. Quando foi um dia eu encontrei na escola que estudava uma colega que havia estudado com ela na 5ª série em Mocajuba a qual se chama Deusélia. Ela estava passando pela mesma situação que eu. Quando um dia eu disse para ela que eu tinha um objetivo apesar da saudade queria ser alguém na vida.
    Saliento que todas as etapas foram vivenciadas com muita dedicação e sacrifício, não que o meu pai não tivesse condições, porque ele poderia muito bem financiar cada um de nós, mas ele achava que se nós tivéssemos tudo na mão nós não íamos dá valor. Acreditando que quando há dedicação o resultado almejado será encontrado, a realização pessoal alcança seu nível de maturidade em cada etapa vivida na vida.

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  8. Em 1990, iniciei os meus primeiros passos à vida escolar, lembro que, juntos com meus irmãos mais velhos e outros mais novos, juntávamos em um só saco plástico os cadernos e os lápis, e pé na estrada para a escola, estudávamos em um barracão de madeira próximo de casa, construído para reuniões comunitárias e eventos religiosos, localizado na zona rural do Município de Cametá-Pa. Recordo-me que meu pai comprou uma cartilha do alfabeto, onde havia letras grandes e pequenas, um dia mostrei-a para minha professora e ela, ensinou-me que as letras maiores são o alfabeto maiúsculo e as menores o minúsculo, passado algum tempo depois ele comprou outra cartilha, esta já havia números, chamávamos de tabuada, a professora orientou como se usava aquelas cartilhas, foi aí que junto com os meus irmãos, comecemos a conhecer as primeiras letras e os primeiros números da nossa trajetória escolar. Ao completar 10 anos de idade fui morar com meu tio na cidade, com objetivo de estudar, tive que “deixar” meus irmãos, amigos, colegas, brincadeiras, tudo que havia conquistado na comunidade.
    Na cidade a escola são grande, com sala confortáveis, separadas de outras turmas e com bastantes alunos da mesma série, tive dificuldades para acompanhar outros colegas principalmente na escrita, nas leitura, e na pronúncia de certas frases, não falava igual a eles, riam de mim, falavam que eu falava erado, que não era assim, eu não me importava, me esforçava para aprender, achava legal os meninos e as meninas do mesmo tamanho ou idade menores ou igual que eu, desenvolviam muito bem as atividade ministrada pela professora, e que tinham um palavreado muito bonito, de se escutar. Então meu primeiro ano na escola da cidade foi sofrido, eu não passei de série, na que ano, tive que repeti, foram 2 anos de sofrimento na aquela escola, mas graças a Deus!, fui me enturmando com os colegas na àquele ambiente diferente, pude desempenhar melhor o meu conhecimento e o processo de socialização que depois foi engrenando, se ajustando até, que conseguir e completei o ensino fundamental.
    Apesar das minhas dificuldades fiz grandes amizades e adquiro um legados os quais conservo até hoje.
    No Ensino Médio, já foi mais aliviado, menos dolorosa, já tinha noção relação com o espaço escolar e com os alunos, já estava amadurecido diferente dos meus primeiros anos no ensino fundamental. Passei a ter contatos com colegas, professores, com disciplinas desenvolveram muito o meu aprendizado teórico e pratico os quais ainda não havia conhecido e que marcaram a minha trajetória na àquela escola que guardo com muita satisfação.
    Tive os momentos das dificuldades, no período do curso do ensino médio marava na casa de pessoas estranhas sem nem um grau de parentesco, sem trabalho, as vezes sem transporte para chegar ate a escola, mais que não faltava era determinação e incentivo principalmente da aquele que sempre respeitaram e valorizaram a minha vontade de estudar, o legal era que nos finais de semana eu retornava para a comunidade. Foi dolorosa aminha caminhada escolar, entretanto as dificuldades sempre estiveram presentes mais que sempre houve saídas para vencer.
    Ao relatar estas palavras venho apensar nos meus irmãos, nos meus colegas e amigos que ficaram lá que não deram continuidade nos seus estudos. É triste lembrar, pois andávamos, brincávamos lutávamos, passávamos as mesmas dificuldades e conquistas juntas, então, por que não conseguimos vencer juntos? Mas, em fim são recordações tristes e mesmo tempo felizes que marcaram e que estarão para sempre comigo, fazendo parte da minha trajetória em qualquer aspecto de vida.

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  9. Lembro-me com muita saudade dos dias em que minha mãe me levava para escola, sinto saudade da minha mãe que toda sorridente caminhava comigo até a porta da escola Matilde Menezes Machado e não da professora que era brava, autoritária e não permitia atrasos e muito menos erros.
    Comecei a ler e escrever muito cedo, apesar da professora ser muito brava, agradeço a ela pelas muitas lágrimas que joguei e pelo medo que sentir no primeiro semestre daquele ano letivo, mas que só me fizeram progredir e valorizar cada vez mais a educação que recebi no seio de minha família.
    Nessa escola onde fui alfabetizada o ensino era tradicional e arcaico, onde o professor é quem detém todo o conhecimento e os alunos são apenas os receptores. Já no ensino fundamental maior não foi diferente, os professores continuavam como únicos detentores de conhecimento e os alunos não tinham direitos de questionar e quando tínhamos a oportunidade o professor fazia questão de enfatizar que estava errado. Com isso fui adquirindo um medo tão grande de expressar aquilo que pensava e o (a) professor (a) dizer que estava errado. Quando finalmente entrei para a 8ª série do ensino fundamental, tive a oportunidade de estudar com o saudoso professor Adamex Batista de Aragão, que foi um excelente professor e que aos poucos me incentivou a perder o medo e a expor aquilo que durante muitos anos foi reprimido por uma educação que lavava em consideração apenas o comportamento e por ser bastante levada fui rotulada de bagunceira e desinteressada por professores que consideravam que o aluno tinha que apenas receber conhecimentos, jamais contribuir com os conhecimentos e com a educação recebida no sei da família.
    Quando cheguei ao ensino médio, tive a oportunidade de conhecer professores que tinham a mesma metodologia trabalhada pelo professor Adamex, professores que se preocupavam em manter uma relação aluno- professor, onde todos contribuem tanto aluno quanto professor para se obtivesse uma educação de qualidade.
    Diante desse contexto posso afirmar que: de acordo com o construtivismo o professor não pode ser um mero transmissor de conhecimento, mas um facilitar e orientador do processo de aprendizagem; onde o conhecimento e as vivências dos alunos são essências e devem ser respeitada e considerada nesse processo de aprendizagem e que sem a relação e a interação entre a escola, a família e a sociedade é impossível à aquisição do saber e principalmente da cultura. Com isso, posso afirmar que nós como educadores temos que levar em consideração todo conhecimento que a criança traz de casa, e nos esforçar para que possamos proporcionar uma aula lúdica e dinâmica que valorize a interação e resgate todo um conhecimento adormecido por uma educação tradicional e arcaica.

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  10. Turma: Educação do campo Ano: 2016
    Eu, Magnum Nazareno Cunha Braga de Calados, comunidade no interior de Baião, uma comunidade com aproximadamente 500 pessoas. Lembro-me que tinha apenas duas escolas quando eu comecei a estudar, numa dessas escolas existia o “pré” conhecido hoje em dia como primeiro ano do ensino fundamental, esse colégio era chamado de “cazulinho”.
    Foi então nesse colégio que começou minha trajetória escolar, lembro-me também que eu tinha muita dificuldade com relação à vivência com outros alunos, havia apenas quatro (4) colegas que se aproximavam de mim, havia muitas brigas com os demais alunos, foi uma época muito difícil pra mim, até porque, a professora que dava aula pra nos não tinha paciência e não cuidava de nos, muito pelo contrario, ela até ameaçava os alunos com uma régua de madeira caso continuássemos a brigar. Essa foi uma dificuldade muito grande que eu enfrentei na minha infância com a minha aprendizagem. A maior dificuldade ainda estava por vir, quando eu cheguei à primeira séria, que hoje é conhecido com segundo ano do fundamental, já tive, mas facilidade para lhe das com os alunos da minha turma, mas teve uma dificuldade com relação a eu passar de turma ou não, nessa época a minha mãe era diretora da escola, então ela não me deixou passar de ano, mas eu havia passado, então tive que repetir a primeira série, minha mãe dizia que eu não tinha idade pra avançar de série, e isso afetou diretamente na minha conclusão do ensino fundamental e médio. Na segunda serie então encontrei uma professora que pode me ajudar a ir bem no decorrer da minha aprendizagem, ela então me ensinou a ler e a escrever, tinha atividade que eu dava conta de fazer sozinho e ela me deixava fazer, quando eu não dava conta de fazer, ela vinha pro meu lado e me ajudava a fazer todas as atividades pedidas, assim ela fazia com cada aluno.
    Então a partir desse período comecei a desenvolver melhor minha aprendizagem, então tive a honra de estudar na quarta série com um professor excelente que fez em desenvolver com uma rapidez meus conhecimentos, e a entender melhor as matérias dadas naquela série. Pude perceber a parti da quarta serie a importância de se estudar, e os benefícios que o estudo podia nos proporcionar. Naquela época o grande sonho de cada aluno era passar pra quinta série, e quando aconteceu isso comigo, parecia que tinha acontecido a melhor coisa na minha vida e na dos meus colegas, então passei de série, daí já fiquei com medo, porque todo mundo tinha medo de chegar à sétima serie, a sétima serie tinha fama de ser a “pior turma”, ou seja, mas bagunceira, aí então chegamos à tão temida sétima serie, então foi a nossa turma que tirou a fama de turma bagunceira, da nossa turma pra gente nunca mais a sétima serie foi a mesma. Lembro-me do dia que passei pra oitava série, a gente sentia uma sensação de dever cumprido, sem pensar que ainda teria, mas o ensino médio pela frente, a gente queria acabar quanto antes melhor, mas isso se dava porque a gente queria fazer à tão esperada colação de término do fundamental.
    No ano seguinte ao termino do ensino fundamental, começa o ensino médio ou modular, já tinha uma ótima base do ensino fundamental, só pude aperfeiçoar com maior qualidade no ensino médio. A partir do ensino médio pôde ter a concepção ampla de matérias com filosofia e sociologia, matérias essa que dão origem a psicologia, então no ano de 2010 a turma concluiu a base do nosso ensino, essa concepções nos faz compreender melhor essas relações entre o desenvolvimento e a aprendizagem.

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  11. Durante a trajetória de qualquer ser humano se tem dificuldades em algumas coisas e facilidades em outras. Comigo Andrey Nunes Rodrigues não foi diferente durante minha trajetória escolar tive momentos de dificuldades e de facilidades.
    Estudava em um barracão comunitário que fica na comunidade de Matias, a qual pertenço, localizada no distrito de Juaba no município de Cametá/PA. Estudei nesse local do jardim à 3º série do ensino fundamental, atual 4º ano. Lembro que os professores sempre estimulavam os alunos a interagir, brincar, através de brincadeiras, musicas infantis para assim estimular o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos.
    Um momento que me marcou nesse período, foi quando aprendi a ler as primeiras frases, eu estava na 3º série ou atual 4º ano do ensino fundamental. Todos os dias antes do final da aula a professora sentava com um de cada vez para ensinar a ler, eu tinha por volta de oito anos de idade. Já no ano seguinte na 4ª série atual 5º ano, eu já sabia ler e escrever, e tínhamos um prédio escolar para estudar.
    Assim com o avançar das séries algumas dificuldades surgiram, como na matéria de matemática a compreensão de alguns assuntos eram mais difíceis devidos o professor não buscar uma melhor maneira de expor o conteúdo para os alunos.
    As demais matérias eram de fácil compreensão como a de artes e ensino religioso, devido haver diversos elementos de interação como dança, musica etc. Como cada professor desenvolve sua metodologia de ensino fui superando minhas dificuldades com a matemática. Então cheguei ao ensino médio e me deparei com a Química a onde tive um pouco de dificuldades porque a professora não tinha um método de ensino que envolvesse a turma.
    Atualmente os professores aos poucos estão superando a forma tradicional de ensinar, estão agregando aos seus conhecimentos novos métodos de ensino mais dinâmicos, interativos levando em consideração todo conhecimento que o aluno já possui o que é o ideal na visão da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem.

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  12. Meu nome é Viviane Lima, em minha trajetória escolar encontrei bastantes dificuldades, pois quando estudava no jardim um, aconteceu um fato muito inusitado, que quase me desmotivou de estudar, eu estava sentada em uma cadeira na sala de aula na hora do intervalo, todos tinham saído para o lanche e eu estava sozinha, quando apareceu um garoto mais velho e me empurrou da cadeira e correu e eu cai no chão de cimento e bati muito a minha cabeça e fiquei com sequelas no corpo e no psicológico. No dia seguinte eu já não queria ir mais assistir aula, pois, estava traumatizada, e com dores pela cabeça.

    Antes desse acidente na escola eu conseguia estudar e aprender com muita facilidade pois o conteúdo estudado era muito bom e sem dificuldade de nos relacionarmos com ele e eu não tinha tantas dificuldades então eu era capaz de resolver sozinha as minhas atividades. Mas depois do acontecido em sala de aula eu já não tinha tanta facilidade para aprender eu ficava com aquela situação na cabeça só com medo de o menino vim e me jogar de novo da cadeira, enfim tinhas ,muitas dificuldades que já necessitava da professora para tudo ou seja já não era capaz de resolver e entender sozinha minhas atividades.

    Vygotsky expõe que “as ferramentas utilizadas no processo de mediação são os instrumentos e signos” ( GOULART, 2017, p. 56).

    Os instrumentos e os signos me ajudaram bastante com o passar do tempo, fui começando a pegar a caneta para tentar desenhar o que tinha acontecido comigo no passado em sala de aula, fui começando a me expressar através de artefatos simbólicos para me comunicar utilizando gestos e escrita. Um dia já em outra série e em outra escola minha nova professora me chamou para conversar, observou que em mim havia algo de estranho, quando a aula terminou me pediu para ficar em sala e eu contei para ela, e a partir dai minha professora me ajudou bastante a passar por aquele período em minha vida que parecia não ter fim, pois a cicatriz no corpo já não existia, mas no psicológico só crescia com o tempo. Mas o desenvolvimento de se inter-relacionar, com outros mudaram a minha vida.

    A pesar de todas as dificuldades enfrentadas na minha infância, através de ajuda de terceiros, consegui vencer aquele trauma do passado. Hoje eu estudo no ensino superior, na UFPA e sou aluna da Faculdade de Educacão do Campo com ênfase em Ciências Agrárias e Naturais, Campus de Cametá-PA, e pude entender com Vygotsky o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento proximal. E através disso pude analisar a minha história na infância, e observar onde ocorreu o nível de desenvolvimento real que foi quando eu conseguia desenvolver as minhas atividades sozinhas, e o nível de desenvolvimento proximal que se deu no momento em que eu necessitava de ajuda da minha professora, ou seja, quando eu já não tinha autonomia de desenvolver mais as minhas atividades sozinhas pelo fato ocorrido em sala de aula. A luz dos conhecimentos advindos da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem me ajudou bastante a analisar a minha trajetória de vida. Agradeço muito a minha professora Maria do Socorro Dias por ser essa excelente pessoa e educadora e que trouxe esse material do Vygotsky superimportante para meu aprendizado.

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  13. A trajetória escolar ela se faz a partir do desenvolvimento vinculado a aprendizagem, o dialogo por sua vez é a maneira mais sucinta de explicar a aprendizagem, os métodos utilizados para o aprendizado é a principal ferramenta para contribuir para com a educação da criança, seu comportamento expõe aquilo que lhe é transmitido pelo educador havendo assim a construção de um histórico cultural, onde nós somos moldados tendo em mente um controle absoluto onde a finalidade é a relação social com o meio onde se vive, mais pode-se dizer que neste comando há um equilíbrio onde se mantem o que é nos repassado de geração em geração, desta maneira incorporamos o processo de transformação dada através dos afetos simbólicos da linguagem, ou seja, da comunicação essa relação nos posiciona a nós preparar para os futuros problemas que existiram no processo de aprendizagem, é importante frisa que Vygotsky nos fala claramente desse comportamento de "inter-relacionar".
    A relação do desenvolvimento real e a forma que a criança trabalha sem a intervenção do adulto, ou seja, ela consegue se inseri em um contexto de que ela domina suas ações, já a relação proximal ela caracteriza ajuda perante determinada ação, fazendo com que a criança se sinta confiante pois existe alguém ali pronta para lhe dar as mãos quando necessário.

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  14. A trajetória escolar de um aluno pode influenciá-lo a prosseguir sua caminhada e a subir mais um degrau ou fazê-lo, muitas vezes, desistir no primeiro obstáculo. No entanto, para isso, é necessário um comprometimento não somente do aluno, mas, também, dos professores, pais ou responsáveis, ou seja, do meio social em que esse aluno se encontra. Pois essa relação, ou melhor, essa integração de ideais, possibilita um desenvolvimento maior ao aluno.

    Na minha caminhada escolar enfrentei muitas dificuldades para está hoje em uma universidade. Eu morava com a minha mãe, meu padrasto e minhas duas irmãs, que ainda eram muito pequenas. Morávamos em um sítio que ficava em uma comunidade afastada da comunidade que tinha uma escola e para estudar, precisei me ausentar várias vezes da minha família. Em tempos morava com conhecidos ou amigos, outrora morava com familiares. Estudava de manhã e ajudava nas tarefas da casa a partir da tarde. Esse era um fato que me desestruturava muito emocionalmente, o qual me inibia também durante as aulas.

    Minha mãe sempre me dizia que para que eu fosse “alguém” na vida e construísse um futuro melhor pra mim, era necessário me esforçar muito nos meus estudos. Então, cada vez que sentia vontade de chorar, eu dizia que ia conseguir para poder ajudar minha família. Dessa forma, eu fazia toda a minha atividade, e mesmo quando os professores não mandavam atividade para casa, eu inventava uma, fazendo cópias e leituras. Até durante as férias eu estudava em casa, pois amava ler, escrever e desenhar. Meus professores amavam ver meu desempenho em sala, só reclamava da falta de organização com meu material. Mas, mesmo me esforçando, não conseguiam fazer com que eu participasse das brincadeiras e jogos, e quando conseguiam, eu sempre me machucava e chorava.

    Outra dificuldade que encontrei, foi quando fui morar na cidade de Belém/PA com minha avó paterna, pois a metodologia utilizada era muito diferente da qual estava acostumada. E a maioria dos conteúdos que era estudado eu nunca tinha visto e não conseguia compreender. Uma dificuldade não somente minha, mas de muitos alunos que ao saírem do interior pra estudar na cidade encontram. Mesmo assim, minha determinação e força de vontade permaneciam invictas, e com a ajuda de alguns colegas conseguia passar, pois eles me ajudavam com algumas dificuldades.

    Devido alguns problemas de saúde, precisei voltar para a minha comunidade, e lá estudei o 2º e o 3º ano do ensino médio, tendo que me adaptar mais uma vez a uma nova rotina de estudo, pois eu estudava a noite e o ensino já não era o regular normal que eu estava acostumada, mas sim o chamado ensino MODULAR, o qual é fornecido a muitos interiores. Minha dificuldade de assimilação dos conteúdos era notória, mas tinha professores que pareciam não se importar se o aluno tinha aprendido ou não, o que importava era que o conteúdo tinha sido passado, e simplesmente voltavam para a sua cidade. Embora esse triste fato no sistema escolar existisse, e continua a existir, dentre esses professores eram avistados aqueles que realmente demonstravam amor pelo seu trabalho, os quais nos impulsionavam ainda mais a prosseguir. E que, apesar, do pouco tempo que tinham para lecionar, suas metodologias elaboradas nos ajudavam a compreender e a aprender melhor a disciplina aplicada. Verdadeiros exemplos de dedicação que tenho guardado em meu coração, e espero transmitir ao menos um terço do que foi transmitido por eles.

    Hoje, estou na universidade, cursando Educação do Campo-2016 no campus da UFPA em Cametá/PA, e ao estudar psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, percebi que se as maiorias dos professores compreendessem ou colocassem em prática os fundamentos da psicologia em questão, muitas dificuldades encontradas em sala de aula, iguais as minhas ou maiores, sem dúvida, diminuiriam. Aumentando, assim, a aprendizagem do aluno e o seu desenvolvimento intelectual, fornecendo uma melhoria do ensino escolar no Brasil.



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  15. Sou Maria Daiane Viana Móia, natural da ilha Pacuí de Cima município de Cametá-PA, e filha de pescadores. Meu histórico escolar não deve ser diferente de muitos estudantes ribeirinhos os desafios e dificuldades se assemelham em vários aspectos. A educação na área ribeirinha é mais difícil comparada a educação da zona urbana um dos problemas que faz com que haja essa dificuldade é a falta de politicas publicas para atender os sujeitos do campo.
    Para iniciar a conversa, estudei todo meu ensino fundamental na localidade ribeirinha, na qual moro, lá havia um prédio escolar, sem uma estrutura adequada não havia diretor apenas professor responsável, dispondo apenas de 3 salas de aula para atender 8 séries o que fazia com que muitas séries passassem a funcionar em casas particulares, e uma delas durante meu ensino fundamental inicial, na qual funcionava o multisseriado, o que ocasionava dificuldades na aprendizagem, pois havia uma professora para duas turmas em uma mesma sala, sendo que ela fazia também o papel de merendeira, e assim continuou até a meu 3ª ano do fundamental nesse processo, quando fiz o 4ª e 5ª ano é que comecei a estudar em um grupo escolar com uma estrutura pobre, no meu 8º e 9º ano, voltei a estudar em casas particulares, pois o único grupo escolar que havia na comunidade foi demolido, e nessa casa particular que terminei meu ensino fundamental. Para GOULART, a escola como lugar que possibilita o contato sistemático e intenso dos sujeitos com sistemas organizados de conhecimento. Através da apropriação dos instrumentos culturais, os sujeitos ampliam suas capacidades de pensar sobre si mesmo e sobre o mundo que os rodeia. Podemos dizer que a escola mediatiza o processo de desenvolvimento humano.
    A metodologia de ensino dos professores não ajudava muito, pois só depositavam conhecimentos nos alunos não havia debates nem discussões a cerca dos conteúdos repassados o professor era visto como aquele que não se podia questionar mesmo se tivesse opiniões diferentes, pois ele é que tinha o total conhecimento o que fazia com que os alunos ficassem até com certo medo de intervir, no entanto sempre me esforçei para tirar boas notas. Segundo Vygotsky. A relação professor-aluno não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento, no qual o aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o aluno já sabe sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.
    Para que eu continuasse a seguir com os meus estudos no ensino médio tive que estudar na cidade de Cametá-Pa, pois em minha comunidade não havia e até hoje não há ensino médio, durante esses 3 anos de ensino médio passei por várias dificuldades e uma delas era por ter de viajar de segunda a sexta para estudar, onde saia as 4:00 horas da madrugada e retornava para casa as 14:00 horas da tarde, e outra dificuldade de aprendizagem, pois, meu processo educacional inicial deixou um pouco a desejar. Chegava tão cansada em casa que mal dava tempo de revisar os conteúdos quando tinha trabalhos de pesquisa para fazer recorria aos livros que possuía em casa, muitas vezes não encontrava as informações necessárias para fazer o trabalho da escola, na qual a escola em que estudei o ensino médio não oferecia uma estrutura boa, e apesar dessas dificuldades mantilha minhas notas boas.
    É de fundamental importância a psicologia na educação, pois com essa ferramenta é possível entender como funciona o processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno que também é ser humano possibilitando á ele a oportunidade de se tornar um ser crítico.

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  16. Docente: Tassia Ferreira Farias

    Eu, Tassia Ferreira Farias, pertenço a localidade de Vila De Areião, município de Cametá. Estudei minhas séries iniciais e finais do ensino fundamental na escola Professor Raimundo Da Costa Caldas, a mesma localizada na vila a que pertenço. Por a escola ser na minha localidade, não tive problemas em relação a aprendizado e graças a Deus tive um excelente desempenho no decorrer do ensino fundamental menos e maior. Aprendi ler e escrever no 4° ano, sendo que, meu nivel de desenvolvimento real foi de grande importância para o meu desenvolvimento escolar, no entanto, não deixo de relatar as tarefas que conseguia fazer com a ajuda de pessoas mais experientes.
    Somente no ensino médio enfrentei dificuldades, lois estudava na cidade vizinha, Mocajuba,na escola Professora Isaura Baia, e então tinha todo um processo para que pudéssemos chegar à Mocajuba, tínhamos que acordar cedo para pegar a condução e isso quando não faltava, e se caso o transporte não chegasse para nos apanhar, tínhamos que que pagar passagem no ônibus que faz viajem todo dia pra Mocajuba ou então pegar carona com as pessoas que vão fazer compras pra lá. Mesmo com tantas dificuldades, conseguir concluir o ensino médio com êxito e o melhor de tudo, fiz grandes amizades que trato até hoje e quero levar para o resto da vida, amigos esses que a trajetória escolar me presenteou, então, através das amizades que fiz, tive um grande desempenho em me relacionar com o meio social.
    Pois para mim, educação é um processo de socialização dos indivíduos , que estimula o desenvolvimento e capacidade de cada ser.
    Para Vygotsky o desenvolvimento é entendido como um processos de internalização dos modos de pensar de uma determinada cultura.Esse processo inicia-se nas relações sociais.Isso significa dizer que qualquer ação realizada pela pessoa teve sua origem no social. Essa é uma ideia bastante radical e revolucionária, que compreende o desenvolvimento como um processo que se faz de fora para dentro.
    A psicologia da educação é fundamental para o desenvolvimento e ensino aprendizagem do aluno.

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  17. Diante da compreensão dos assuntos trabalhados dentro da psicologia da linguagem, especialmente sobre o processo educacional, apresento abaixo as dificuldades e desafios que enfrentei até ingressar na universidade.
    Eu, Neurivaldo Ribeiro de Souza, pescador e filho de pescadores e lavradores, morador da comunidade ribeirinha chamada fazenda localizada a margem esquerda do Rio Tocantins, Cametá-PA.
    Ao longo da minha trajetória escolar enfrentei grandes dificuldades e desafios, que ficaram marcaram em minha vida. Nos anos iniciais do ensino fundamental estudei em uma escola de minha comunidade onde, funcionava uma turma multisseriada. O prédio onde funcionava a escola era muito precário, chovia muito tinham poucas carteiras, não tinham livros e a merenda quando chegava era de péssima qualidade. As aulas era administradas por um professora que além de administrar as aulas para quatro turmas em uma mesma sala ela ainda tinha outro papel como diretora, merendeira e faxineira. Por tanto esses fatores acabavam prejudicando o desenvolvimento e aprendizagem de todos os alunos que estudavam nessa escola.
    Para estudar os anos finais do ensino fundamental surgiram várias dificuldades, onde tive que estudar em uma escola de uma comunidade vizinha a cerca de 15KM de distância. Com isso a principal dificuldade era chegar à escola que além de ser longe naquela época não havia transporte escolar para chegar a essa escola. Com isso o principal meio de transporte para chegar a escola era a bicicleta, saindo de casa as 10:00hs da manhã e retornando as 5:30hs da tarde. Quando chegava o inverno a coisa piorava ainda mais, eu e alguns colegas tínhamos que andar grandes distâncias à pé porque a estrada era muito precária até chegar a escola.
    Para estudar o Ensino Médio tive que vim estudar na escola da cidade, onde eu tinha que pegar todos os dias o transporte escolar, uma embarcação às 4:00hs da madrugada chegando de volta em minha residência às 2:00hs da tarde.
    Chegando nessa escola enfrentei grandes problemas como discriminação, racismo, entre outros, por parte de alunos e até de professores. Concluir meu ensino médio e fiz duas vezes o ENEM mas não conseguir passar, foi quando em 2014 lançaram o edital do curso educação do Campo, fiz mas não conseguir, tentei em 2016 e conseguir.
    Portanto eu como futuro professor da educação do campo vou contribuir com minha comunidade levando um ensino de qualidade de acordo com a realidade de minha comunidade, assim dando chances aos indivíduos de estudarem e trabalharem em sua própria comunidade, melhorando a qualidade de vida sem perder sua cultura e identidade.

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  18. Sou Flávia Arnaud da Vera Cruz natural de Cametá, filha de lavradores nasci e cresci na vila de Juaba.
    Minha trajetória educacional, acontece em primeiro lugar na relação familiar com meus pais e irmãos, onde aprendi as primeiras lições de vida, e de como me relacionar com as outras pessoas, aprender a viver em um mundo que para uma criança parecer ser mágico, mas quando crescemos e os tornamos adultos entendermos que nem tudo é como imaginávamos, então compreendo que quando eu caia e meus pais me levantavam dando-me as mãos e eu continuava a caminhar é por que me incentivavam a levantar sempre, dizendo que, eu poderia tropeça mas que sempre estariam ali para me levantar, e continuar a caminhada com esses incentivos dei os primeiros passos para a vida escolar.
    Desde de criança sempre gostei muito do ambiente escolar, por ser incentivada por meus pais a estudar, e especialmente pela minha mãe que sempre me ensinou que educação vai além de uma sala de aula, da relação aluno e professor mas que é necessário que se construa laços afetivos de amizade, companheirismo e principalmente respeito ao próximo. Quando comecei a vivenciar um ambiente escolar, passei por várias experiências algumas boas outras nem tanto, mas superei cada uma delas com muita dedicação e entusiasmo pelo estudo, a cada ano que passava eu crescia e mais conhecimento adquiria, novas coisas aprendia e cada vez mais o mundo escolar me fascinava. Toda experiência vivida traz consigo momentos bons e ruins então posso dizer, que nem sempre a minha trajetória escola foi maravilhosa tive dificuldades mas conquistei cada uma, sempre sorrindo.
    Durante o período em que estudei o ensino fundamental menor, me relacionei com várias crianças e professores os quais contribuíram para os primeiros traços educacionais me ensinando a contorna a linha da vida escolar. No ensino fundamental maior agora adolescente, observei que minha trajetória escolar apenas começava, que ainda viriam muitos desafios e que caberia a mim conquista-los, ou deixar que o cansaço, as dificuldades, a vida sofrida, interrompesse o meu sonho, o de estudar, mas com força, fé e dedicação, quebrei várias barreiras, não deixando-me abater por problemas que me fizesse fracassar tirando-me a vontade de estudar.
    Todos os desafios superados ao longo da caminhada escolar, me fizeram entender, que é compartilhando saberes que nos tornamos pessoas melhoras, capazes de entender que nem tudo é como queremos e sonhamos, mas quando temos uma família que incentiva e apoia somos capazes de vencer o impossível.
    É por isso que sou agradecida por contar sempre com o incentivo de minha família para com meus estudos, pois foi através de palavras incentivadora que cheguei onde estou cursando uma universidade, o sonho de criança que parecia distante torna-se realidade, pois quando o medo queria me fazer desistir, existia alguém para me fazer ter esperança sempre, a esperança de sonhar, e meus sonhos conquistar, pois, sei que tudo posso e Deus me fortalecerá, por mais longa que seja a caminhada ele me conduzirá

    Flavia Arnaud da Vera Cruz

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  19. Eu Dehbora Medeiros Gomes, hoje aluna de Educação do Campo, mas muito antes de esta na faculdade, vim de uma maravilhosa trajetória escolar onde tive a oportunidade de conhecer pessoas que faram parte de toda minha vida, aprendi culturas diferentes do meu ambiente família, teve acessos a diversos conhecimentos que foram e são essências para minha formação, troquei experiências com pessoas da minha faixa etária e pessoas mais velhas que eu.
    Cursei todo meu ensino fundamental em uma única escola, E.M.E.F. DEPUTADO ABEL FIGUEIREDO na cidade de Mocajuba, na primeira série como eu já sabia ler tive facilidade com as disciplinas, foi ai também que tive a honra de conhecer meus colegas que me acompanharam por todo meu ensino fundamental, e ganhei minha melhor amiga. Ao chegar a terceira serie com a turma entrosada, tivemos um professor que fez historia em nossas vidas, uma pessoa maravilhosa que na quarta série a turma resolver pedir na secretaria que ele fosse nos dar aulas e conseguimos, na quinta série já com disciplinas novas no currículo foi muito surpreende tive má experiência de ter uma professora que não nos gostávamos ela implicava ate com o H do meu nome vivemos em pé de guerra, ela foi um problema nesse momento da minha vida, nas fases finas o ambiente escolar teve um papel muito importante, pois tive uma perda na minha vida, aquela menina tagarela, extrovertida tinha perdido o encanto. Meus colegas, professores, concelho escolar junto com minha família me ajudaram a superar, voltei ser aquela adolescente que dava um bom trabalho em sala de aula. Eu, mas cinco amigas fomos chamadas para uma reunião de concelho de classe que resulto na separação do grupo, pois éramos muito bagunceiras, no ultimo ano do fundamental algo que ficou gravado em mim, e acredito que em meus colegas também foi um texto que a professora pediu que fosse o seguinte tema; “DESCREVA QUAL PROFESSOR FICOU MARCADO NA SUA VIDA”, toda a turma falou do mesmo professor, em exceção três alunos que não estudaram com o professor Eliseu Barradas isso me marcou, mas do que a implicância da professora de estudos Amazônicos.
    No ensino médio cursei o primeiro e o segundo ano na escola E.E.E.M. PROFESSORA ISAURA BAIA, algo novo para mim, pois era outra escola, diferente daquela em que eu estudei durante oito anos dos meus colegas apenas duas permaneceram na mesma turma comigo, era outro momento da vida, já com uma visão diferente, grandes expectativas para o que estavam por vim, novas amizades, aprender e ensinar. No primeiro ano tiver que me dedica em matemática, pois meu professor era o mesmo da minha irmã como ela domina muito bem os conteúdos matemáticos e era querida por ele, ela me apresentou a ele então ele me cobrava, mas do que os outros alunos, para não decepcionar ela e ele, isso fez eu me dedicar todos os dias na disciplina, no segundo ano eu me envolvia nos projetos escolares isso fazia com que eu interagir se com outras pessoas com pensamentos parecidos e diferentes dos meus ganhando e perdendo amizades, isso foi muito bom para mim. No terceiro ano me mudei de cidade e vim para Cametá, toda entusiasmada com a nova cidade e escola já com meus 17 anos cheia de curiosidades e medo, fui para escola E.E.E.M ABRAAO SIMAO JATENE, ambiente de novas culturas, metodologia, colegas e professores que antes nunca tinha tido contato mas que iriam fazer parte do meu cotidiano.
    E foi muito importante e gratificante pode ter vivido essa trajetória, onde conquistei muitas coisas entre elas amigos que levarei para toda a minha vida, conteúdos que pude conhecer que não apenas conteúdos e sim aprendizado para me estabelece e conviver na sociedade, aprender que tenho deveres e direito com e qualquer um.

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  20. A minha trajetória escolar se construiu em meio há muitas dificuldades, entrei na sala de aula da Escola Municipal de Mapiraí de Baixo, no ano de 1976, aos nove anos de idade para iniciar o ensino fundamental na primeira série fraca. No início as dificuldades foram muitas, pois a educação naquela época ainda não era valorizada e nem apoiada, tanto pelo poder público quanto pela família. Assim, tínhamos falta de prédio escolar, de material escolar, merenda, transporte, e por fim, a turma era multissérie. Com todos esses entraves, conseguir concluir os anos iniciais de ensino fundamental no ano de 1980, contando com a ajuda incentivadora da catequese que eu participava na Igreja Católica.
    O contexto educacional nesse período era voltado para uma educação tradicional, na qual o professor nos repassava os conteúdos e tínhamos que receber e aplicar o que aprendíamos na ocasião das provas. O processo de ensino e aprendizagem se dava através da transmissão de conhecimentos e na manutenção do comportamento, no qual deveríamos demonstrar boas condutas e respeito à autoridade do professor. Este nos dava o estímulo de acordo com seu interesse e retribuíamos com dado comportamento que nos era provocado, não havia diálogo, nem interações na sala de aula, mas uma rígida atenção ao comportamento, à ordem e ao controle de todas as tarefas que realizávamos. Por esse viés, Goulart (2010) destaca que a Teoria Comportamentista entende que o professor é detentor absoluto do conhecimento que deve ser repassado ao aluno por meio de repetição e acumulação, no sentido que o mesmo venha a decorá-lo e assimilá-lo de forma passiva e acrítica.
    Entre os anos 2000 a 2002, voltei à sala de aula para concluir o ensino fundamental na Escola Sindical Amazônia: Programa Vento Norte, na modalidade Educação de Jovens e Adultos. Essa educação no ensino fundamental viabilizada pelo Programa Vento Norte foi uma formação bastante diferenciada do início dos meus estudos, pois o programa oportunizava uma formação ampla, integral, na qual tínhamos um conhecimento sistêmico das questões educacionais ligadas, principalmente a nossa realidade de vida no campo. Nos eixos desenvolvidos, por exemplo, estudávamos temáticas como: Trabalho, Natureza e Educação; Poder Local e Cidadania; Cultura e Comunicação; Políticas Públicas; Estado, Sociedade e Movimentos Sociais, entre outras.
    Uma formação pautada no diálogo, na criticidade e na valorização sociocultural dos sujeitos, uma vez que os professores levavam em consideração a nossa realidade, os nossos saberes e as diferentes formas de existência oriundas do universo cultural e das relações humanas estabelecidas localmente. O que Goulart (2010) citando Vygotsky (1934) vem enfatizar a constituição do ser humano como parte da cultura resultante da ação humana sobre o contexto social, em um processo em que há a inter-relação entre a aprendizagem e o desenvolvimento.
    Assim, de 2003 a 2005 contribuir na militância nos movimentos sociais, já com os benefícios dos conhecimentos adquiridos no Programa Vento Norte, sobretudo no âmbito dos eixos desenvolvidos. O Ensino Médio cursei no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, na modalidade: Ensino Médio Normal. Nesse curso ampliei ainda mais meus conhecimentos sobre os conteúdos que formam o processo educativo, a partir do estudo das disciplinas que compunham o currículo integrado.
    Após esse período, fiquei outro intervalo sem estudar, de janeiro de 2007 a julho de 2016, onde atuei ativamente nos movimentos sociais, mas sempre existia em mim uma imensa vontade de continuar meus estudos no ensino superior. Sendo assim, em 2016 tentei o processo seletivo da UFPA, sendo aprovado no mesmo ano no curso de Educação do Campo. Essa aprovação foi a realização tanto de um sonho pessoal, como uma conquista maior, fruto de um processo de luta organizada juntamente aos povos do campo.

    2. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
    Goulart, Maria Inês Mafra. Psicologia da aprendizagem I. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

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  21. Eu Deiziane Moraes Caldas, estudante do curso de Educação do Campo, pertenço à comunidade de Vila do Carmo, município de Cametá-PA. Estudei o Ensino Fundamental em uma escola que fica localizada à frente de minha residência e o Ensino Médio iniciei o estudo em um barracão da comunidade e posteriormente em uma escola que hoje está desativada.
    Durante minha trajetória escolar encontrei dificuldades em algumas séries,porém com ajuda de meus pais,e professores foram ultrapassadas. Mas o que gostaria de destacar nessa trajetória foram os momentos desafiadores, porém muito significativos para minha aprendizagem.
    No ensino Fundamental entre a 5ª e 8ª série tinha uma professora que realizava aulas bem diferentes e que de forma dinâmicas os alunos aprendiam. Algumas vezes, nossas aulas eram por meio de músicas, danças e brincadeiras da nossa cultura, possibilitando a interação com todos os indivíduos, dessa forma, permitiam o aprender através de instrumentos, signos e com os outros inseridos nesse espaço. Essa experiência mediada possibilitou uma concepção da nossa realidade de forma diferente da qual muitas vezes era repassada.
    Através das diferentes concepções da psicologia no contexto educacional a qual se destaca a minha trajetória escolar é a concepção de Vygotsky denominada de zona de desenvolvimento proximal onde as intervenções e interações positivas da professora desafiava nossa capacidade em questões do universo cultural impulsionando o desenvolvimento e a aprendizagem.
    Para Vygotsky aprende pela participação no mundo de cultura. E são as aprendizagens ocorridas nesse meio que impulsionam o desenvolvimento, isso significa, que as relações sociais cotidianas, o acesso às práticas culturais, e ao conhecimento são fundamentais.
    Portanto, dentro dessa perspectiva essas experiências posteriormente possibilitaram novas aprendizagens e concepções que vão mudando e, ou ampliando ao longo desse percurso de adquirir cada vez mais conhecimento.

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  22. Sou Kaeliton Tavares de oliveira, morador da comunidade de vila de juaba e atualmente estudante do campus de Cametá, turma de educação do campo/2016.
    Penso a educação como forma de construção de conhecimento e identidade.
    Em minha trajetória escolar pude perceber, principalmente estudando meu ensino fundamental menor, observando algumas situações quer o que se preponderava no ambiente escolar era somente o conhecimento do professor, visto de forma pronta e acabada, como detentor do assunto trabalhado, deixando de lado os saberes individuais de cada aluno e também a relação de professor e aluno se dava de forma isolada, ou seja, não se notava a relação de interação que deveria existir, o aluno se assumia de forma passiva, as ações dos professores eram direcionadas de forma gradual para dá ênfase ao processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos.
    O professor era quem se posicionava pelo assunto e pela forma de interação da aula, trazia o conteúdo pronto e o aluno se limitavam, passivamente, a escutá-lo. O ponto fundamental desse processo seria o produto da aprendizagem. A reprodução dos conteúdos feita pelo aluno, de forma automática e sem variações, na maioria das vezes, é considerada como um poderoso e suficiente indicador de que houve aprendizagem e de que, portanto, o conteúdo está assegurado.
    Esta forma de ensino pode ser caracterizada pelo método aleatório de perguntas e respostas, cujo aspecto básico é o professor dirigir a classe a um resultado desejado, através de uma série de perguntas que representam, por sua vez, passos para se chegar ao objetivo proposto. (Mizukami, 1986. p.17). Além disso, já no ensino fundamental maior e ensino médio conseguir compreender melhor o que os professores repassavam, pois na maioria das vezes que me encontrei em séries menores as dificuldades se fizeram muito presente. Já percebendo e compreendendo melhor os assuntos, pude constatar a real importância que as metodologias abordadas pelos professores interferem significativamente no desenvolvimento educacional dos alunos, sendo contundida de diferentes formas.
    No entanto, o papel do professor seria de ajuda a criar metodologias adequadas a partir do seu jeito de lidar com os alunos, a forma de cobrar o conteúdo e principalmente como reconhece o desenvolvimento deles, comunicando-os, pois é preciso que o professor leve em consideração não somente a sua percepção de conhecimento, mas a do aluno e ambiente escolar como um conjunto do desenvolvimento humano.

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  23. Sou Rosicléia Faial Pantoja, moradora da ilha de Jaracuéra município de Cametá-Pa. No decorrer da minha trajetória escolar ocorreram inúmeros acontecimentos, vistos de forma negativa e positivas que influenciaram diretamente em minha vida educacional e que aqui quero ressaltar um dos pontos negativos.
    Me recordo que nos primeiros anos do ensino fundamental, os professores de certa forma tentavam me moldar a um padrão de ensino que no qual eles denominavam de certo. Um exemplo disso, era quando eles mandavam fazer uma atividade e se não correspondesse como eles queriam, os mesmo me criticavam, sem ao menos me perguntarem o porquê de eu ter respondido daquela forma.
    Segundo a abordagem construtivista, o erro, é uma importante fonte de aprendizagem. O aprendiz deve sempre questionar-se sobre as consequências de suas atitudes e a partir de se seus erros ou acertos e construindo seus conceitos ao invés de servir apenas para verificar o quanto do que foi repassado e assimilado pelo aluno, como é comum nas práticas empiristas, Piagert utiliza o erro como mais uma técnica de aprendizagem.
    Na visão de Piagert aprender, em suma, não consiste em incorporar informações já construídas e, sim, reinventa-las através da própria atividade do sujeito. O papel do professor não é tanto criar novos motivos, que também resultam de fatores culturais e de maturação orgânica, mas principalmente manipular incentivos e possibilitar a incorporação de significados a objetos, situações, palavras e ideias. Através de uma variedade de recursos, métodos e procedimentos, o professor pode criar uma situação favorável a aprendizagem, porém, para que isso ocorra de maneira significativa é necessária que o professor conheça os interesses atuais dos alunos para mantê-los ou orientá-los, buscando uma motivação suficientemente vital, forte e duradoura para conseguir do aluno uma atividade interessante e alcançar o objetivo da aprendizagem. Além disso, vale ressaltar que os alunos aprendem de maneiras muito diferentes em função de seus interesses, possibilidades e das situações em que se encontram.

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  24. Eu Mariellem Rodrigues Ferreira de 21 anos, sou moradora da comunidade do Rio Ajuaí, uma comunidade que fica localizada no município de Abaetetuba-PA.
    Ao início da minha trajetória escolar, houve muitas dificuldades. Dificuldades essas que muitos de nós que estudamos nas escolas do campo encontramos, pois a educação como todos nós sabemos está sendo uma precariedade. No entanto na escola Padre Anchieta, escola essa que eu frequentei des do ensino infantil até o ensino médio, não tinha uma estrutura adequada para funcionar de maneira correta, era bastante difícil, pois não havia material didático, merenda, cadeiras e salas suficientes para todos os alunos, uma das grandes dificuldades era o deslocamento dos alunos até a escola, mesmo tendo transporte escolar, já no ensino aprendizagem a dificuldade era maior por seus conteúdos serem bem resumindos o que prejudica bastante os alunos, pois os professores não são da localidade são profissionais especializados em várias áreas do conhecimento a questão é, de não serem da localidade já prejudica em nossa formação, pois eles sendo da cidade só chegam na comunidade na segunda à tarde e na maioria das vezes voltam para suas casas na quinta-feira, o que prejudica muito no nosso aprendizado com a falta do conteúdo e devido à isso não conseguimos aprender o suficiente para podermos nos aventura em provas e concursos, mas mesmo assim tem sempre uma minoria que se arrisca, pois esses profissionais como não são da comunidade eles não fazem questão de conhecer a realidade dos seus alunos.
    Mesmo com toda essa dificuldade que nós estudantes passamos, hoje posso dizer que conseguir chegar onde sempre quis está! Estudando e me especializando para poder compartilhar o conhecimento com minha comunidade.
    Para os pesquisadores (Alfred Binet/1857-1911, Théodore Simon/1872-1961 e Arnold Gesell/1880-1961.p.23)."A escola, então, pouco poderia fazer. A aprendizagem, dentro dessa perspectiva, fica relegada a um segundo plano".

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  25. Eu Mariellem Rodrigues Ferreira de 21 anos, sou moradora da comunidade do Rio Ajuaí, uma comunidade que fica localizada no município de Abaetetuba-PA.
    Ao início da minha trajetória escolar, houve muitas dificuldades. Dificuldades essas que muitos de nós que estudamos nas escolas do campo encontramos, pois a educação como todos nós sabemos está sendo uma precariedade. No entanto na escola Padre Anchieta, escola essa que eu frequentei des do ensino infantil até o ensino médio, não tinha uma estrutura adequada para funcionar de maneira correta, era bastante difícil, pois não havia material didático, merenda, cadeiras e salas suficientes para todos os alunos, uma das grandes dificuldades era o deslocamento dos alunos até a escola, mesmo tendo transporte escolar, já no ensino aprendizagem a dificuldade era maior por seus conteúdos serem bem resumindos o que prejudica bastante os alunos, pois os professores não são da localidade são profissionais especializados em várias áreas do conhecimento a questão é, de não serem da localidade já prejudica em nossa formação, pois eles sendo da cidade só chegam na comunidade na segunda à tarde e na maioria das vezes voltam para suas casas na quinta-feira, o que prejudica muito no nosso aprendizado com a falta do conteúdo e devido à isso não conseguimos aprender o suficiente para podermos nos aventura em provas e concursos, mas mesmo assim tem sempre uma minoria que se arrisca, pois esses profissionais como não são da comunidade eles não fazem questão de conhecer a realidade dos seus alunos.
    Mesmo com toda essa dificuldade que nós estudantes passamos, hoje posso dizer que conseguir chegar onde sempre quis está! Estudando e me especializando para poder compartilhar o conhecimento com minha comunidade.
    Para os pesquisadores (Alfred Binet/1857-1911, Théodore Simon/1872-1961 e Arnold Gesell/1880-1961.p.23)."A escola, então, pouco poderia fazer. A aprendizagem, dentro dessa perspectiva, fica relegada a um segundo plano".

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  27. Meu nome é Jonildo de Souza costa, sou morador da vila de Pacajá município de Cametá-PA fui criado por meus avos, tive uma vida escolar não muito tranquila os primeiros anos de estudo foram bons, pois a escola ficava próximo de casa e os professores eram da própria vila. Aprendi muito com a cultura local, pois os professores da época eram muito atenciosos e carinhosos e além do mais tive uma base muito boa na minha formação como cidadão e também minha família foi a principal base. Encontrei dificuldade, nos estudos, quando fui estudar na cidade, primeiro porque não havia transporte escolar, tínhamos que ir de bicicleta ou de carona às vezes com outros colegas e tínhamos que acordar cedo principalmente no inverno que a estrada ficava alagada, levava a minha roupa na sacola de supermercado para trocar na escola. O problema que encontrei foi à discriminação de alguns professores dos alunos que moravam no campo, e eu fui uma dessas pessoas que teve esse problema, mas com muita insistência concluir o ensino médio. Hoje sou aluno da faculdade de Educação do Campo e vejo que poderia ter adquirido mais conhecimento se não fosse pela ignorância de alguns professores que as vezes privavam os alunos de ter um conhecimento mais amplo.

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CRIAR, É ALGO INERENTE AO SER HUMANO

Os seres humanos de todos os tempos e lugares foram criativos. Foram criativos na forma de produzir alimentos, vestuários, criação de mecan...